sexta-feira, 20 de agosto de 2010
POBRE CARRASCO
POBRE CARRASCO
Vejo agora sonho meu
Que ao olhar
Nos olhos seus
Não quero mais me enxergar.
Sinto-me aflorar
Novo amanhecer...
Criar,
Despertar.
Quando fecho os meus olhos
Na calmaria de me lar
Enxergo o meu querer
Com clareza, solidão e pesar.
A nostalgia dos velhos dias
Que fora cheios de magia
Agora noite sombria
Faz-me com clareza acordar
Parei de sonhar...
Com seus olhos de Sinatra
Sua alma de poeta
Corpo de atleta
Tudo isso um dia...
Tu ira enxergar
Que pra ti passara
E ira buscar a magia
Que não quisestes enxergar.
Quando procurares a ti mesmo
De mim, tu irás lembrar.
Tarde de mais... Talvez
Não quero me enganar
Com cascas banais
Pessoas surreais
Tu és um ser
Que nem sabes o que é o querer
És incapaz de amar,
Sofrer ou se submeter
Tu não choras jamais
Achas fraco, quem o faz.
Pobre Carrasco
Estás por um fiasco
Tentes se encontrar.
Sua louca, lucidez...
Com a minha insensatez...
Juntas: não mais existira.
Quem és tu? Oh pobre homem!!!!
Que tanto ódio o consome?
Se esconde, atrás de riso fácil...
Seu sorriso... seu penhasco.
Tentas tanto manipular,
Oprimir, bloquear
Que se esquece de transformar
Fúria em doçura
Opressão em paixão
Bloqueios em opinião,
Tu nem sempre terás razão.
Qual poder é insólito?
Me alimento dessas linhas
Não se preocupas tanto
São linhas de poesias
Com pitadas de insensatez.
Gotas de heresia
Medo, solidão e
FOME
Mas e você? Sabes quem és?
Ou ainda estas a procurar?
Pobre carrasco és tu
Que nem aprendeste a sonhar
Repreendes teu choro,
Enche-se de riso tolo...
Pois será sempre seu consolo.
Pobre carrasco és tu
Que num dia de lucidez
Sem luxo, luxuria
Sonho ou embriagues
nem mais poderá sonhar
Pobre carrasco és tu
Que dizes ter crias...
E narras sem timidez
Sem vergonhas ou sensatez.
Que uma mulher tu criou
Mas na verdade foste a tu quem escravizou.
Pobre carrasco és tu
Sua cria se libertou
Displicente, lhe sangrou.
E seu poder derrubou
Pobre carrasco és tu
Foste servido de fel
Achavas que criastes o céu?
Um gosto amargo lhe sobrou.
Pobre carrasco és tu
Que ainda narras sua missão
De morrer pela nação
Viver sem razão
Sua cria o difamou.
Pobre carrasco és tu...
Pobre Carrasco
Macena, Sueli Alves
19 de junhode 2009.
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